segunda-feira, 27 de junho de 2011

[CRÍTICA] Ben-Hur


Título original: Ben-Hur
Direção: William Wyler
Roteiro: Karl Tunberg
Elenco: Charlton Heston (Judah Ben-Hur), Jack Hawkins (Quintus Arrius), Haya Haraheet (Esther), Stephen Boyd (Messala), Hugh Griffith (Sheik Ilderim), Martha Scott (Miriam), Cathy O'Donnell (Tirzah), Sam Jaffe (Simonides), Finlay Currie (Balthasar / Narrador), Frank Thring (Pôncio Pilatus)
Ano: 1959
Duração: 222 min.




Charlton Heston naquele que talvez seja o maior papel de sua carreira apresenta aqui uma atuação bem mais genuína que a vista em Os Dez Mandamentos, e faz por merecer o Oscar que ganhou em 1960.

sábado, 25 de junho de 2011

[CRÍTICA] ...E o Vento Levou


Título original: Gone with the Wind
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Sidney Howard
Elenco: Viven Leigh (Scarlett O'Hara), Clark Gable (Rhett Butler), Olivia de Havilland (Melanie Hamilton), Hattie McDaniel (Mammy), Leslie Howard (Ashley Wilkes) 
Ano: 1939
Duração: 238 min.




Falar de "...E o Vento Levou" é uma tarefa intimidadora para qualquer amante do cinema, mas, chega uma hora que você deve encará-la de frente, então vamos a ela.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

[CRÍTICA] Onde Começa o Inferno


Título original: Rio Bravo
Direção: Howard Hawks
Roteiro: Jules Furthman e Leigh Brackett
Elenco: John Wayne (Xerife John T. Chance), Dean Martin (Dude), Ricky Nelson (Colorado Ryan), Angie Dickinson (Feathers), Walter Brennan (Stumpy), Ward Bond (Pat Wheeler), John Russell (Nathan Burdette), Pedro Gonzalez Gonzalez (Carlos Robante)
Ano: 1959
Duração: 141 min.




Você sabe que está diante de um clássico da 7ª arte quando todos os personagens conquistam sua simpatia em seus primeiros minutos de tela, e fazem com que você se importe com o destino deles desde então. Quando cada ator desempenha seu papel no máximo de sua capacidade, e faz com que você respeite seu personagem, ou tenha compaixão por ele, ou lhe dá vontade de conhecê-lo pessoalmente, pois seria uma ótima companhia para um bate-papo.

sábado, 18 de junho de 2011

[CRÍTICA] Um Dia de Cão


Título original: Dog Day Afternoon
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Frank Pierson
Elenco: Al Pacino (Sonny Wortzik), John Cazale (Sal), Charles Durning (Detetive Eugene Moretti), Chris Sarandon (Leon Shermer) 
Ano: 1975
Duração: 125 min.




Em mais esta ótima parceria entre Lumet e Pacino, o que mais chama a atenção é o "domínio de palco" do ator, sim, porque o banco e a rua em frente a ele acaba se tornando o palco de um grande espetáculo, com direito a uma grande platéia e câmeras para registrar as atuações.

E Lumet ainda faz uma jogada de mestre, ao permitir que Sonny conquiste o espectador com seu carisma e sua personalidade magnética, para só depois mostrar um lado dele que desconhecíamos, e tratar de um tema polêmico, tanto na época em que o filme foi lançado como hoje, de maneira direta. O julgamento de Sonny fica por nossa conta.

Destaco ainda a seqüência em que Sonny descobre que estão tentando invadir o prédio do banco pela porta dos fundos e dispara sua arma pela primeira e única vez, criando um pandemônio. A montagem é frenética, cheia de cortes rápidos, mostrando o caos que se segue, tanto dentro do banco quanto lá fora, com policiais e civis correndo assustados. É um verdadeiro exemplo a ser seguido por Michael Bays e Tony Scotts da vida, que utilizam da mesma técnica de montagem para causar ataques epilépticos em seu público. Lumet monta toda a seqüência de maneira a conferir-lhe urgência e a sensação de confusão, mas sem deixar o espectador incerto a respeito do que está vendo.

E não podemos ignorar o fato de que grande parte do filme (se não ele inteiro) não traz um só vestígio de trilha sonora, uma decisão acertadíssima de Lumet, que torna todo o incidente ainda mais próximo da realidade.

Grande filme, cheio de momentos memoráveis, e Al Pacino em um de seus papéis mais marcantes.




Nota 4,5 de 5

[CRÍTICA] Serpico


Título original: Serpico
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Waldo Salt e Norman Wexler
Elenco: Al Pacino (Serpico), John Randolph (Chefe Sidney Green), Jack Kehoe (Tom Keough), Biff McGuire (Capitão McClain), Barbara Eda-Young (Laurie), Cornelia Sharpe (Leslie Lane), Tony Roberts (Bob Blair), Allan Rich (Herman Tauber)
Ano: 1973
Duração: 130 min.




Fica evidente a influência, direta ou indireta, de Serpico na filmografia de José Padilha.

O cinema norte-americano da década de 70 foi um dos capítulos mais brilhantes de sua história, e Sidney Lumet era um dos poucos expoentes deste período cuja obra eu desconhecia.

sábado, 11 de junho de 2011

[CRÍTICA] Bronson


Título original: Bronson
Direção: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Brock Norman Brock e Nicolas Winding Refn
Elenco: Tom Hardy (Charles Bronson / Michael Peterson), Katy Barker (Julie), Kelly Adams (Irene), Matt King (Paul Daniels), James Lance (Phil), Holly Lucas (homem jovem), Juliet Oldfield (Alison)
Ano: 2008
Duração: 92 min.




Bronson é uma força bruta e indomável da natureza na forma de um branquelo musculoso e bigodudo. Tom Hardy não decepciona ao transformar-se num personagem tão imprevisível. Sua atuação é corajosa desde o comportamento caricato e meticulosamente exagerado, até o fato de sujeitar-se a mostrar o tamanho de suas "jóias" em mais de um momento do filme (que não são exatamente motivo de orgulho).

sábado, 4 de junho de 2011

[CRÍTICA] Ninguém Pode Saber


Título original: Dare mo shiranai
Direção: Hirozaku Koreeda
Roteiro: Hirozaku Koreeda
Elenco: Yûya Yagira (Akira Fukushima), Ayu Kitaura (Kyoko), Hiei Kimura (Shigeru), Momoku Shimizu (Yuki), Hanae Kan (Saki), You (Keiko, a mãe)
Ano: 2004
Duração: 141 min.




Quem acha Ninguém Pode Saber um filme cansativo e excessivamente longo é porque está desacostumado do ritmo do cinema japonês, que tende a valorizar cenas contemplativas, um caminhar lento e paciencioso da trama e closes mais intimistas, que buscam transmitir sentimentos e sensações por meios não convencionais. Diferenças culturais que são superadas apenas após explorar um pouco mais a produção cinematográfica do país.

[CRÍTICA] Caro Diário


Título original: Caro Diario
Direção: Nanni Moretti
Roteiro: Nanni Moretti
Elenco: Nanni Moretti (ele mesmo), Jennifer Beals (ela mesma), Alexandre Rockwell (ele mesmo), Renato Carpentieri (Gerardo), Antonio Neiwiller (Prefeito de Stromboli), Moni Ovadia (Lucio di Alicudi)
Ano: 1993
Duração: 100 min.




Aconteceu um lance curioso comigo. Ontem eu estava pensando em como eu adoraria assistir um filme em que boa parte dele consistisse apenas num personagem viajando por estradas e ruas de um país que desconheço, com a câmera o acompanhando nestas viagens, sem ficá-las interrompendo com histórias e tramas que não me interessavam tanto. Daí hoje finalmente resolvi assistir Caro Diário sem ter a menor idéia de que ele satisfaria, em parte, esse meu desejo em seu primeiro ato.