sexta-feira, 30 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Contra o Tempo


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Título original: Source Code
Direção: Duncan Jones
Roteiro: Ben Ripley
Elenco: Jake Gyllenhaal (Colter Stevens), Michelle Monaghan (Christina Warren), Vera Farmiga (Colleen Goodwin), Jeffrey Wright (Dr. Rutledge)
Ano: 2011
Duração: 93 min.

Apesar de ser o segundo trabalho de direção de Duncan Jones, já é possível notar sua preferência por tramas claustrofóbicas e elaboradas, que contam mais com um roteiro bem estruturado, que respeita a inteligência do espectador, do que com efeitos especiais mirabolantes e cenas de ação impactantes, que chamam mais atenção do que a trama em si.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Os Brutos Também Amam


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Título original: Shane
Direção: George Stevens
Roteiro: A. B. Guthrie Jr. e Jack Sher
Elenco: Alan Ladd (Shane), Jean Arthur (Marian Starrett), Van Heflin (Joe Starrett), Brandon De Wilde (Joey Starrett), Jack Palance (Jack Wilson), Ben Johnson (Chris Calloway), Edgar Buchanan (Fred Lewis), Emile Meyer (Rufus Ryker), Elisha Cook Jr. (Frank "Stonewall" Torrey)
Ano: 1953
Duração: 118 min.


Um forasteiro é acolhido por uma comunidade de pessoas oprimidas, por quem afeiçoa-se, e resolve ajudá-las na luta contra um bando de indivíduos que não tem o menor respeito pelos valores familiares, e pelo apego que nutrem por suas terras. Soa familiar pra você? Se é um apreciador de faroestes deveria, porque esta é a premissa básica de um número infindável de produções do gênero, que vão das mais medíocres e esquecíveis, até os grandes clássicos do popular “bang-bang”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Aguirre, a Cólera dos Deuses


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Título original: Aguirre, der Zorn Gottes
Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
Elenco: Klaus Kinski (Dom Lope de Aguirre), Helena Rojo (Inez), Del Negro (Irmão Gaspar de Carvajal), Ruy Guerra (Dom Pedro de Ursua), Peter Berling (Dom Fernando de Guzman), Cecilia Rivera (Flores), Daniel Ades (Perucho), Edward Roland (Okello), Armando Polanah (Armando), Alejandro Repullés (Gonzalo Pizarro)
Ano: 1972
Duração: 93 min.


Nesta adaptação livre da última expedição do explorador Dom Lope de Aguirre, Werner Herzog opta por uma visão mais pessoal do episódio histórico, transformando-o num conto moral sobre o preço da cobiça e da exploração desmedida de uma cultura por outra.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Sob o Domínio do Medo

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Título original: Straw Dogs
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman e Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman (David Sumner), Susan George (Amy Sumner), Peter Vaughan (Tom Hedden), T. P. McKenna (Major John Scott), Del Henney (Charlie Venner), Jim Norton (Chris Cawsey), Donald Webster (Riddaway), Ken Hutchison (Norman Scutt), Len Jones (Bobby Hedden), Sally Thomsett (Janice Hedden), David Warner (Henry Niles)
Ano: 1971
Duração: 118 min.


Sob o Domínio do Medo é sobre o despertar da macheza de um nerd, quando este decide viver na cidade natal da esposa, habitada por “bárbaros” que não fazem a menor questão de esconder o interesse sexual que nutrem por ela, praticamente uma ninfeta. Simples assim.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

[CRÍTICA] O Velho e o Mar


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Título original: The Old Man and the Sea
Direção: John Sturges
Roteiro: Peter Viertel
Elenco: Spencer Tracy (O Velho / Narrador), Felipe Pazos (O Garoto)
Ano: 1958
Duração: 86 min.


Não é difícil entender o sucesso e fascínio despertado pelo livro de Ernest Hemingway que deu origem a este filme. Ao mesmo tempo simples e alegórica, a história do velho e infortunado pescador, que um dia se depara com um peixe que exige mais esforço do que o previsto para ser pescado, fala sobre persistência, velhice, o apego à vida e o temor da morte, por meio das reflexões e lembranças do protagonista, enquanto este luta com todas as suas forças para vencer a resistência da criatura que pode ser sua maior conquista.

[CRÍTICA] Harakiri


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Título original: Seppuku
Direção: Masaki Kobayashi
Roteiro: Shinobu Hashimoto
Elenco: Tatsuya Nakadai (Hanshiro Tsugumo), Akira Ishihama (Motome Chijiiwa), Shima Iwashita (Miho Tsugumo), Tetsurô Tanba (Hikokuro Omodaka), Rentarô Mikuni (Kageyu Saito)
Ano: 1962
Duração: 133 min.


Ambientado num período do Japão feudal em que o Xogunato desfez diversos clãs de samurais, Harakiri lida com a história de um dos milhares de guerreiros que se viram sem o amparo de seu senhor, responsável por garantir seu sustento. Num dos momentos mais dramáticos da história destes exímios manejadores de espada, muitos se viram forçados a cometer harakiri, um suicídio honroso defendido pelo código dos samurais.

É neste cenário que encontramos Hanshiro Tsugumo (Tatsuya Nakadai), um destes samurais desafortunados, que está decidido a cometer harakiri, e pede a Kageyu Saito (Rentarô Mikuni), senhor do Clã Iyi, permissão para ter a honra de realizar o ritual em sua propriedade. Lá Tsugumo ouve de Saito a história de Motome Chijiiwa (Akira Ishihama), um samurai que lhe pedira o mesmo favor e fraquejou na última hora, obrigando os membros de seu clã a forçá-lo à conclusão do ritual. O que Saito não sabe é que as histórias de Motome e Tsugumo estão intimamente relacionadas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

[CRÍTICA] O Sol É Para Todos

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Título original: To Kill a Mockingbird
Direção: Robert Mulligan
Roteiro: Horton Foote
Elenco: Gregory Peck (Atticus Finch), Mary Badham (Scout), Phillip Alford (Jem), John Megna (Dill Harris), Frank Overton (Xerife Heck Tate), Rosemary Murphy (Maudie Atkinson), Ruth White (Sra. Dubose), Brock Peters (Tom Robinson), Estelle Evans (Calpurnia), Paul Fix (Juiz Taylor), Collin Wilcox Paxton (Mayella Violet Ewell), James Anderson (Bob Ewell), Alice Ghostley (Tia Stephanie Crawford), Robert Duvall (Boo Radley)
Ano: 1962
Duração: 129 min.


O Sol É Para Todos é uma jóia rara do cinema norte-americano. É o tipo de filme do qual não saímos incólume, e pelo qual nos apaixonamos mais conforme nos lembramos de alguns dos muitos trechos que nos tocam profundamente, seja pela simplicidade com que alguns personagens enfrentam problemas complexos, ou pelas falas e diálogos poderosos o bastante para deixar sua marca em nossa memória por uma vida inteira.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[CRÍTICA] De Repente, No Último Verão


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Título original: Suddenly, Last Summer
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Roteiro: Gore Vidal e Tennessee Williams
Elenco: Elizabeth Taylor (Catherine Holly), Katharine Hepburn (Sra. Violet Venable), Montgomery Clift (Dr. Cukrowicz), Albert Dekker (Dr. Lawrence J. Hockstader), Mercedes McCambridge (Sra. Grace Holly), Gary Raymond (George Holly)
Ano: 1959
Duração: 114 min.




“As vidas de muitas pessoas nada mais são do que trilhas de detritos - a cada dia mais e mais detritos... longas trilhas de detritos, com nada para limpá-los além da morte.” - Sra. Venable


De Repente, No Último Verão trata da misteriosa morte de Sebastian Venable, um poeta, filho da aristocrata Violet Venable (Katharine Hepburn), que contrata o Dr. John Cukrowicz (Montgomery Clift), cirurgião, para realizar uma lobotomia em sua sobrinha, Catherine (Elizabeth Taylor), última pessoa que viu seu filho vivo, considerada insana por insistir num relato absurdo sobre os últimos dias de vida do rapaz, e insinuar que há uma verdade ainda mais terrível sobre a morte de Sebastian do que a Sra. Venable é capaz de admitir.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas

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Título original: Bonnie and Clyde
Direção: Arthur Penn
Roteiro: David Newman, Robert Benton e Robert Towne
Elenco: Warren Beatty (Clyde Burrow), Faye Dunaway (Bonnie Parker), Michael J. Pollard (C.W. Moss), Gene Hackman (Buck Barrow), Estelle Parsons (Blanche)
Ano: 1967
Duração: 112 min.


É preciso entender o contexto histórico no qual Bonnie e Clyde foi lançado para compreender seu sucesso, e o marco que ele representa para o cinema americano. Seu lançamento se deu numa época em que o descontentamento dos estadunidenses contra o envolvimento de seu país na Guerra do Vietnã levou-os a receber bem obras em que os personagens se posicionavam contra as instituições estabelecidas. Um casal de jovens criminosos com sex appeal, que não está nem aí para as regras, e sente prazer e diversão ao quebrá-las, acabou caindo como uma luva para os anseios dos norte-americanos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Vinhas da Ira


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Título original: The Grapes of Wrath
Direção: John Ford
Roteiro: Nunnally Johnson
Elenco: Henry Fonda (Tom Joad), Jane Darwell (Ma Joad), John Carradine (Casy), Charley Grapewin (Avô), Dorris Bowdon (Rose of Sharon), Russell Simpson (Pa Joad), O.Z. Whitehead (Al), John Qualen (Muley), Eddie Quilan (Connie), Zeffie Tilbury (Avó), Frank Sully (Noah), Frank Darien (Tio John)
Ano: 1940
Duração: 129 min.


A miséria humana e a luta pela sobrevivência e por uma vida mais digna. Não importa se a história se passa na Oklahoma dos anos 30, ou no sertão nordestino, quando a universalidade do tema ganha mais importância que seu contexto histórico, aumentam-se as chances de uma obra tornar-se atemporal, jamais perdendo sua força geração após geração. Este é o caso de Vinhas da Ira.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Blade Runner - O Caçador de Andróides (Final Cut)

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Título original: Blade Runner
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Hampton Fancher e David Webb Peoples
Elenco: Harrison Ford (Rick Deckard), Rutger Hauer (Roy Batty), Sean Young (Rachel), Edward James Olmos (Gaff), M. Emmet Walsh (Bryant), Daryl Hannah (Pris), William Sanderson (J.F. Sebastian), Brion James (Leon Kowalski), Joe Turkel (Dr. Eldon Tyrell), Joanna Cassidy (Zhora), James Hong (Hannibal Chew)
Ano: 1982
Duração: 117 min.


Blade Runner, acima de tudo, é um filme esteticamente impecável. Não há como fugir desta verdade quando se fala dele, pois seu design de produção não esconde em nenhum momento sua intenção de arremessar o espectador para dentro daquele mundo e sufocá-lo durante suas quase duas horas de duração.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Zodíaco

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Título original: Zodiac
Diretor: David Fincher:
Roteiro: James Vanderbilt
Elenco: Jake Gyllenhaal (Robert Graysmith), Mark Ruffalo (Inspetor David Toschi), Anthony Edwards (Inspetor William Armstrong), Robert Downey Jr. (Paul Avery), Brian Cox (Melvin Belli), John Carroll Lynch (Arthur Leigh Allen), Chlöe Sevigny (Melanie), Elias Koteas (Sgt. Jack Mulanax), Donal Logue (Capitão Ken Narlow)
Ano: 2007
Duração: 162 min.


Diretor mais conhecido por seu virtuosismo técnico, especialmente no manejo das câmeras, que sempre se arriscam em malabarismos ousados, David Fincher iniciou com Zodíaco uma fase mais sóbria de sua carreira, assim como seu projeto mais ambicioso.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Sangue Negro

02-09-2011-there-will-be-blood


Título original: There Will Be Blood
Diretor: Paul Thomas Anderson
Roteiro: Paul Thomas Anderson
Elenco: Daniel Day-Lewis (Daniel Plainview), Paul Dano (Paul Sunday / Eli Sunday), Dillon Freasier (HW), Ciáran Hinds (Fletcher)
Ano: 2007
Duração: 158 min.


Desde seu lançamento em 2007 fala-se muito das múltiplas interpretações possíveis de Sangue Negro, que vão desde uma crítica às duas principais forças que movem os Estados Unidos, o dinheiro e a religião, até um conto moral sobre os excessos da ganância e da religiosidade, e como cada uma delas pode levar um homem à ruína, se praticadas sem amarras morais. O filme ainda permite um enfoque psicanalítico, em que as duas ideologias opostas representadas no filme refletem o embate entre pulsões contraditórias do inconsciente humano pela supremacia na vida de um indivíduo, comunidade ou nação.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

[CRÍTICA] Desejo e Reparação

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Título original: Atonement
Diretor: Joe Wright
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Saoirse Ronan (Briony Tallis, 13 anos) , Keira Knightley (Cecilia Tallis), James McAvoy (Robbie Turner), Romola Garai (Briony Tallis, 18 anos), Vanessa Redgrave (Briony idosa), Juno Temple (Lola Quincey), Alfie Allen (Danny Hardman), Benedict Cumberbatch (Paul Marshall)
Ano: 2007
Duração: 123 min.


Quando uma criança perde a inocência? Não falo da conquista da maturidade, mas da manifestação da maldade oculta por um rosto que não a denuncia. Uma menina deixa de ser inocente quando torna-se capaz de entender algo que testemunhou? Ou seria a partir do momento em que ela decide não preocupar-se em esclarecer o que viu, e usar sua interpretação do fato para causar o mau àqueles de quem sente inveja, ciúme e raiva?