segunda-feira, 9 de maio de 2011

[CRÍTICA] Ajuste Final



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Direção: Joel Coen
Roteiro: Joel Coen e Ethan Coen
Elenco: John Turturro (Bernie Bernbaum), Steve Buscemi (Mink), Marcia Gay Harden (Verna), Jon Polito (Johnny Caspar), J. E. Freeman (Eddie Dane), Albert Finney (Leo)
Ano de lançamento: 1990
Duração: 115 min.
Sinopse: O mafioso Johnny Caspar (Jon Polito) procura o irlandês Leo (Albert Finney), o poderoso chefão da cidade, para contar-lhe sobre alguns problemas que está tendo com Bernie Bernbaum (John Turturro), o irmão de Verna (Marcia Gay Harden), que vem a ser o interesse romântico de Leo e do seu braço-direito Tommy (Gabriel Byrne).
Sem desconfiar que seu homem de confiança sai com a mulher que ele deseja casar, Leo resolve colocar uma pedra no assunto, para desespero de Caspar, que não vê a hora de tomar o lugar de Leo, inclusive seduzindo seu parceiro Tom.
Flertando com o noir, Ajuste Final foi concebido durante um bloqueio criativo, que acabou sendo sinopse do próximo projeto dos Coen, Barton Fink (1991).

Crítica:
O apuro e virtuosismo técnico dos Coen já é velho conhecido de quem acompanha a carreira dos irmãos. Apesar de ser o 3º filme escrito e dirigido por eles, Ajuste Final ainda hoje é um dos melhores de sua carreira.
Os diálogos são inteligentes, espirituosos, e cheios de ótimas tiradas, e só ganham mais força graças ao ótimo elenco.
Gabriel Bynne interpreta Tommy com segurança, mas quem acaba se destacando é Jon Polito. Fazendo um dos conhecidos tipos excêntricos que habitam a filmografia dos Coen, o ator diverte com sua atuação cheia de caras e bocas. John Turturro novamente não decepciona, se saindo especialmente bem numa das cenas mais tensas do filme. Albert Finney, uma presença imponente em cena, ganha uma das melhores seqüências de ação do longa. Enquanto isto Marcia Gay Harden, que poucas vezes esteve tão linda como neste filme, reforça o clima noir da história, interpretando uma clássica femme fatale.
A montagem é excelente, e torna o ritmo da história fluido, jamais cansando o espectador, além de ser responsável por momentos de puro brilhantismo, como o ataque à casa de Leo, que por si só é uma verdadeira aula de narrativa cinematográfica. Dá vontade de voltar a seqüência diversas vezes só para observar o cuidado com que cada cena foi filmada, cada ângulo escolhido, e cada corte feito com precisão. Além disto as transições de cena são sempre elegantes, criando inspiradas rimas visuais.
Por fim, a trilha sonora de Carter Burwell, apesar de girar toda em torno de um só tema, estabelece um contraste interessante com a violência que surge a todo momento no filme, dando um toque de placidez à história.
Mais uma grande realização dos Coen, e um prazer imenso para os apreciadores da 7ª arte.
Nota: 5 de 5

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