segunda-feira, 2 de maio de 2011

[CRÍTICA] Time - O Amor Contra a Passagem do Tempo


Time - O Amor Contra a Passagem do Tempo (Shi gan, Japão e Coréia do Sul)

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Direção: Ki-duk Kim
Roteiro: Ki-duk Kim
Elenco: Jung-woo Ha (Ji-woo), Hyeon-a Seong (See-hee), Park Ji-Yeon (Seh hee - antes da cirurgia), Sung-min Kim (cirurgião plástico)
Ano de lançamento: 2006
Duração: 97 min.

Sinopse: Seh-Hee (Park Ji-Yeon) e Ji-Woo (Jung-Woo Ha) são namorados de longa data. Eles estão apaixonados, mas Seh-Hee tem uma crise de ciúmes quando seu namorado se sente atraído por outra mulher. Ela está convencida de que Ji-Woo perderá o interesse no relacionamento à medida que o tempo for passando. Para prevenir o rompimento, Seh-Hee decide passar secretamente por uma cirurgia plástica, de modo que ela se torne uma "nova mulher" para o namorado. Certo dia ela desaparece do mapa, deixando Ji-Woo magoado. Com o tempo, porém, ele vai se esquecendo de Seh-Hee, e termina por se apaixonar por uma mulher misteriosa, que guarda um segredo que mudará suas vidas.

Crítica:
Sempre admirei a qualidade plástica dos filmes de Ki-duk Kim, e sua capacidade de dizer muito com poucas palavras, como em Casa Vazia, ou no visualmente arrebatador Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera. Porém neste filme achei que pesou-lhe um pouco a mão.
A premissa é criativa, e toca sem rodeios num tema contemporâneo e relevante. Além disto Ki-duk faz bom uso de metáforas visuais que ilustram os anseios dos personagens, sendo a mais evidente delas a praia de esculturas, em sua falsa ilusão de imutabilidade diante da passagem do tempo. Tinha tudo para ser um ótimo thriller psicológico, mas...
A recorrência com que alguns cenários são revisitados no decorrer da história acaba tornando-a redundante a partir de um certo ponto. A impressão que o diretor passa é de que ele queria deixar bem claro o significado de determinados cenários para aqueles personagens, como fica evidente nas inúmeras vezes em que aparece a escultura que ilustra o cartaz do filme.
Além disto as interpretações soam exageradas em diversos momentos, o que acaba comprometendo o efeito dramático de algumas cenas.
Reconheço o talento do diretor, e entendo as intenções que o levaram a dirigir este filme, e o que fez com que tomasse certas escolhas, mas a execução me pareceu um tanto desarticulada. Os personagens são frágeis, pouco desenvolvidos, e não cativam. Assim fica difícil se importar com seus dilemas.
Ainda assim, a história funciona como uma boa crítica à superficialidade de grande parte das relações humanas.
Nota: 3 de 5

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