sábado, 21 de maio de 2011

[CRÍTICA] O Padrasto


O Padrasto (The Stepfather, Reino Unido e EUA)

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Diretor: Joseph Ruben
Roteiro: Carolyn Lefcourt, Brian Garfield e Donald E. Westlake
Elenco: Terry O'Quinn (Jerry Blake), Jill Schoelen (Stephanie), Shelley Heck (Susan), Charles Lanyer (Dr. Bondurant), Stephen Shellen (Jim Ogilvie)
Ano de lançamento: 1987
Duração: 89 min.

Sinopse: Um homem obcecado por valores familiares chamado Jerry Blake casa-se com mães viúvas e divorciadas. Sempre que sua nova família desvia-se dos padrões que ele julga os mais corretos, Jerry mata mãe e filhos, altera sua aparência, assume uma nova identidade, e muda-se para uma nova cidade, onde recomeça seu ritual. Agora é a vez de Susan, e sua filha adolescente Stephanie, mas a garota logo mostra que não será um alvo fácil.

Crítica:

Com uma boa premissa, e um personagem cuja verdadeira natureza é exposta logo na seqüência de abertura, O Padrasto começa promissor, mas infelizmente mostrasse irregular na execução.

Terry O'Quinn é bem sucedido na composição de Jerry Blake, que de início choca, para logo adiante despertar curiosidade ao surgir como um marido carinhoso e um padrasto atencioso. Seus monólogos no porão da casa são bem trabalhados, oferecendo pistas sobre a origem de sua psicopatia, sem entrar em detalhes.

A história ainda conta com outra personagem interessante, a adolescente Stephanie, vivida por Jill Schoelen, que foge dos padrões da época, brigando com socos e pontapés com uma colega de escola que a ofende (no lugar dos clássicos puxões de cabelo); tomando a iniciativa e flertando sem inibições com um garoto; e conduzindo sua própria investigação para descobrir o segredo de Jerry.

Mas, exceto por Charles Lanyer, que torna seu Dr. Bondurant um personagem simpático, o restante do elenco é regular. Susan (Shelley Heck) é insossa e insuportavelmente submissa, e Jim (Stephen Shellen) tem a subtrama mais inútil e tediosa do longa.

O roteiro ousa ao incluir insinuações de que o Dr. Bondurant tem interesses mais platônicos do que profissionais por Stephanie, além de duas cenas rápidas em que a garota aparece nua durante o banho (apesar de Jill Schoelen ter 24 anos na época, vale lembrar que sua personagem tem 16 anos no filme). Na mesma seqüência Joseph Ruben faz uma "meia-homenagem" ao clássico Psicose, levando o espectador a acreditar que verá uma nova reprodução da cena icônica do filme de Hitchcock, apenas para ir contra as expectativas criadas, um detalhe que particularmente me agradou por fugir do óbvio. Infelizmente o filme surpreende apenas nesta cena, pois em nenhum outro momento a história consegue manter o espectador incerto sobre o que virá a seguir.

Previsível e formulaico do início ao fim, O Padrasto vale mais pela curiosidade de assistir Terry O'Quinn, o John Locke da série Lost, interpretando um personagem bem diferente daquele que viveu em seu trabalho mais conhecido.

Nota: 3 de 5

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