sábado, 23 de abril de 2011

[CRÍTICA] Marcas da Violência


Título original: A History of Violence
Direção: David Cronenberg
Roteiro: Josh Olson
Elenco: Viggo Mortensen (Tom Stall), Maria Bello (Edie Stall), Ed Harris (Carl Fogarty), William Hurt (Richie Cusack), Ashton Holmes (Jack Stall), Heidi Hayes (Sarah Stall), 
Ano: 2005
Duração: 96 min.




Sem muitas firulas e estilismos, Cronenberg apresenta na seqüência inicial a essência do tema que será desenvolvido durante todo o filme: a invasão do interior pacato pela violência que vem de fora. Nisto aquele plano-seqüência econômico inicial é muito feliz em transmitir uma tranqüilidade que, minutos depois, se mostra mais perturbadora do que reconfortante.

A condução do suspense e da tensão são exemplares, e as explosões de violência explícita em nenhum momento soam gratuitas, mas conclusões lógicas de uma situação que se criou sem pressa. E esta é outra característica de Cronenberg que chama a atenção: o cuidado com que leva a trama adiante sem aquela ansiedade de partir logo para as cenas mais explosivas. Há uma leveza em sua direção que contrasta com o peso que gradativamente recai sobre os personagens das histórias que conduz.

Viggo Mortensen, com sua competência habitual, confere a ambigüidade exigida pelo personagem que interpreta, enquanto Ed Harris e William Hurt se saem bem no papel de antagonistas que conseguem despertar alguma simpatia graças à engenhosidade dos atores, mesmo que apareçam pouco.

Ótimo suspense de grande vigor dramático, e um elenco que valoriza a história.




Nota 4 de 5

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