sábado, 4 de junho de 2011

[CRÍTICA] Ninguém Pode Saber


Título original: Dare mo shiranai
Direção: Hirozaku Koreeda
Roteiro: Hirozaku Koreeda
Elenco: Yûya Yagira (Akira Fukushima), Ayu Kitaura (Kyoko), Hiei Kimura (Shigeru), Momoku Shimizu (Yuki), Hanae Kan (Saki), You (Keiko, a mãe)
Ano: 2004
Duração: 141 min.




Quem acha Ninguém Pode Saber um filme cansativo e excessivamente longo é porque está desacostumado do ritmo do cinema japonês, que tende a valorizar cenas contemplativas, um caminhar lento e paciencioso da trama e closes mais intimistas, que buscam transmitir sentimentos e sensações por meios não convencionais. Diferenças culturais que são superadas apenas após explorar um pouco mais a produção cinematográfica do país.

O filme tem um ritmo adequado para a história que o diretor Hirokazu Koreeda se propôs a contar. Toda a monotonia daquelas crianças que não podiam sair do apartamento, os pequenos prazeres que encontravam naquele confinamento, a rotina de Akira (Yûya Yagira) para administrar os gastos e criar seus irmãos, as brincadeiras com os amigos que fez na rua, a felicidade que sentem quando finalmente saem do apartamento. Não vejo excessos num filme que cumpre magnificamente a tarefa de transportar seu espectador para aquela vida ao lado daquelas quatro crianças, que durante pouco mais de duas horas aprendemos a amar, e com as quais sofremos cada dificuldade, e compartilhamos cada alegria.

Filme belíssimo, com um elenco infantil lindo e talentoso, dirigido com enorme sensibilidade.




Nota 4,5 de 5

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