sábado, 18 de junho de 2011

[CRÍTICA] Serpico


Título original: Serpico
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Waldo Salt e Norman Wexler
Elenco: Al Pacino (Serpico), John Randolph (Chefe Sidney Green), Jack Kehoe (Tom Keough), Biff McGuire (Capitão McClain), Barbara Eda-Young (Laurie), Cornelia Sharpe (Leslie Lane), Tony Roberts (Bob Blair), Allan Rich (Herman Tauber)
Ano: 1973
Duração: 130 min.




Fica evidente a influência, direta ou indireta, de Serpico na filmografia de José Padilha.

O cinema norte-americano da década de 70 foi um dos capítulos mais brilhantes de sua história, e Sidney Lumet era um dos poucos expoentes deste período cuja obra eu desconhecia.

Gosto de como ele trabalha a passagem de tempo neste filme, através da mudança do visual e da postura de Serpico ao longo da história, sem que o longa soe episódico.

Também vale a pena observar como Lumet opta por filmar as seqüências em que Frank conduz suas investigações nas ruas. A câmera tende a manter-se no nível do chão, e conforme a história se aproxima do fim, e o protagonista sente-se mais oprimido pela corrupção que o cerca, a freqüência com que a câmera é posicionada desta forma aumenta, como se ilustrasse a pequenez de Frank diante do complexo sistema que ele tenta derrubar.

Uma versão contemporânea do duelo bíblico entre Davi e Golias, conduzida de maneira excepcional por Sidney Lumet, ao lado de um Al Pacino em princípio de carreira já transbordando o talento pelo qual foi disputado por grandes diretores.




Nota 5 de 5

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