segunda-feira, 27 de junho de 2011

[CRÍTICA] Ben-Hur


Título original: Ben-Hur
Direção: William Wyler
Roteiro: Karl Tunberg
Elenco: Charlton Heston (Judah Ben-Hur), Jack Hawkins (Quintus Arrius), Haya Haraheet (Esther), Stephen Boyd (Messala), Hugh Griffith (Sheik Ilderim), Martha Scott (Miriam), Cathy O'Donnell (Tirzah), Sam Jaffe (Simonides), Finlay Currie (Balthasar / Narrador), Frank Thring (Pôncio Pilatus)
Ano: 1959
Duração: 222 min.




Charlton Heston naquele que talvez seja o maior papel de sua carreira apresenta aqui uma atuação bem mais genuína que a vista em Os Dez Mandamentos, e faz por merecer o Oscar que ganhou em 1960.

William Wyler cumpre a promessa feita pelo pôster original de Ben-Hur, e transforma o filme num verdadeiro evento cinematográfico, digno de ser considero até hoje um dos maiores e mais celebrados filmes de todos os tempos.

O capricho em cada mínimo detalhe dos cenários e figurinos é algo que dá gosto de ver. Tudo é imponente, e trabalha a favor da tarefa de transportar o espectador para aquele tempo, algo que a direção de arte consegue com louvor.

A corrida de bigas sem dúvida alguma é uma das maiores e mais impressionantes cenas de ação já concebidas na história do cinema, e permanece irretocável até os dias de hoje. Tudo nela funciona, e você logo esquece que está vendo um filme e se vê lá, naquela pista, no meio dos competidores, ao lado de Judah, e passando pelos mesmos apuros que ele.

Talvez o único "defeito" do filme seja o epílogo que se estende um pouco além do razoável, e a solução encontrada para o arco dramático de suas personagens, mas diante do que foi realizado até aquele ponto, é algo perfeitamente relevável.

Pura e simplesmente a obra de um gênio, feito num tempo em que os filmes eram mais autênticos, e menos dependentes de muletas tecnológicas.




Nota 5 de 5

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