sábado, 2 de julho de 2011

[CRÍTICA] Perseguidor Implacável


Título original: Dirty Harry
Direção: Don Siegel
Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink, Dean Riesner, John Milius e Jo Heims
Elenco: Clint Eastwood (Inspetor Harry Callahan), Andrew Robinson (Charles "Scorpio" Davis), John Vernon (O Prefeito), Reni Santoni (Inspetor Chico Gonzalez), Harry Guardino (Tenente Al Bressler), John Larch (O Chefe), John Mitchum (Inspetor Frank DiGiorgio), Mae Mercer (Sra. Russell), Lyn Edgington (Norma), Woodrow Parfrey (Sr. Jaffe)
Ano: 1971
Duração: 102 min.




Aqui Eastwood cimenta sua persona de homem durão que se considera acima da lei e faz justiça com as próprias mãos. É o tipo de personagem com o qual o ator está tão acostumado, que mal notamos sua interpretação, tão à vontade ele demonstra estar naquele papel.

Se a história pouco investiga as motivações do vilão, vivido por Andrew Robinson com uma dose de caricatura que por muito pouco não soa ridícula, o ritmo da trama, a qualidade das cenas de ação, e os diálogos inspirados, fazem compensar a falta de um conhecimento mais aprofundado do passado de seus personagens.

Don Siegel é hábil na condução e montagem de seqüências em que a tensão é crescente, como aquela em que Harry e seu parceiro vigiam as cercanias da igreja que Scorpion ameaçou atacar, e o longo jogo de "siga as minhas ordens" a que Harry deve se sujeitar quando é encarregado de levar uma bolsa cheia de dinheiro por vários pontos da cidade, a fim de chegar a tempo de atender a próxima ligação do assassino.

Pelo personagem que, apesar de seus métodos poucos convencionais e violentos, inspira respeito e certa admiração, e pela competente direção de Don Siegal, Perseguidor Implacável é um filme que faz por merecer o título que ganhou no Brasil, e pela revigorante colaboração que representou em uma década tão cheia de produções igualmente vigorosas.




Nota 5 de 5

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